PALESTRAS NO CEIJ 2014
11/01/2014
Hoje tentarei explanar alguma coisa a respeito de obsessão.
Interessante que durante muitos anos, como advogado, não tive muita oportunidade de contato com a maioria das pessoas que circulam pelas vias públicas, pois ficava trancado em meu escritório e quando saía meu destino, regularmente, era o Fórum. Depois que parei de advogar, montei um comércio e, por isso, diariamente com as portas da loja completamente abertas, com plena visão da avenida, passei a observar as pessoas que transitam por lá.
Chamou-me a atenção o número de pessoas perturbadas que circulam pelas ruas e, por isso, agora, com a oportunidade desta palestra, resolvi que seria interessante estudar alguma coisa relacionada com a obsessão para, em seguida, tentar transmitir-lhes algum entendimento que obtive.
Não tenho, aqui, a intenção de esgotar o assunto, até porquê seria impossível em tão poucos minutos e mais: talvez eu precisasse de muitos meses de incessante pesquisa.
Adentremos ao assunto:
Interessante que durante muitos anos, como advogado, não tive muita oportunidade de contato com a maioria das pessoas que circulam pelas vias públicas, pois ficava trancado em meu escritório e quando saía meu destino, regularmente, era o Fórum. Depois que parei de advogar, montei um comércio e, por isso, diariamente com as portas da loja completamente abertas, com plena visão da avenida, passei a observar as pessoas que transitam por lá.
Chamou-me a atenção o número de pessoas perturbadas que circulam pelas ruas e, por isso, agora, com a oportunidade desta palestra, resolvi que seria interessante estudar alguma coisa relacionada com a obsessão para, em seguida, tentar transmitir-lhes algum entendimento que obtive.
Não tenho, aqui, a intenção de esgotar o assunto, até porquê seria impossível em tão poucos minutos e mais: talvez eu precisasse de muitos meses de incessante pesquisa.
Adentremos ao assunto:
Obsessão
Segundo Kardec, “é o domínio que alguns espíritos exercem sobre algumas pessoas”. Quando falamos espíritos, queremos dizer aqueles desencarnados e também aqueles encarnados; assunto que trataremos adiante.
Considerando a Doutrina Espírita, sabemos que o ser espiritual encarnado é constituído de:
- espírito: princípio inteligente do universo;
- perispírito: envoltório semimaterial, fluídico, do espírito. Intermediário entre o corpo físico e o espírito. Agente modelador do corpo físico.
- corpo físico: energia condensada, constituída de células, tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos.
O Ser Espiritual caminha no Universo em busca do aprendizado, que de modo mais específico adquire através de reencarnações.
Estabelecida a reencarnação, o homem tem a oportunidade de exercitar seu livre arbítrio, assumindo condutas e comportamentos, através de pensamentos, atos e palavras. Desta forma, o que ele semear certamente vai colher, pois tudo está sujeito às medidas educativas das Leis Divinas.
Já aqui podemos dizer que na obsessão não existe vítima, tampouco inimigo, pois interpretando Kardec, observamos que entre obsessor e obsidiado existe uma parceria. Senão, vejamos:
“Os maus espíritos somente procuram os lugares onde encontrem possibilidades de dar expansão à sua perversidade. Para afastá-los, não basta pedir-lhes, nem mesmo ordenar-lhes que se vão; é preciso que o homem elimine de si o que os atrai.”
Bezerra de Menezes diz que obsessão “é a conjugação de duas forças simpáticas, em permuta com afinidades” e Herculano Pires sintetiza: “A obsessão é uma parceria sinistra”.
Genericamente podemos afirmar que as causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições (vícios, paixões exacerbadas, perversões sexuais, crimes, ganância, apegos excessivos às pessoas e objeto), que nos colocam em sintonia vibratória com os espíritos desencarnados em função da afinidade moral; levando-nos a reajustes e resgates específicos.
Lembremos que nem todo obsessor é mau. Muitos o são por simples ignorância, sem saber o mal que causa a ambos.
De acordo com o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no livro “Nos Bastidores da Obsessão” esclarece que a
“obsessão se torna possível graças à ação do agente no campo perispiritual do paciente. A consciência de culpa do hospedeiro desarticula o campo vibratório que o defende do exterior e, nessa área deficiente, por sintonia, fixa-se a indução perturbadora do hóspede. Não raro, essa consciência de culpa é tão intensa – por necessidade de reparação moral do endividado – que atrai seu opositor espiritual, iniciando-se o processo alienador. Quando a culpa é de menor intensidade, o cobrador sitia a usina mental do futuro hospedeiro, que termina por aceitar a inspiração perniciosa, tendo início o intercâmbio telepático que romperá o campo de defesa, facultando, assim, a instalação da parasitose, gerando alucinações, pavores, insatisfação, manias, exacerbação do ânimo ou depressão, ou, ainda, se refletirá no órgão que tenha deficiência funcional, pelo assimilar das energias destrutivas que lhe são direcionadas e absorvidas”.
André Luiz, na obra “No Mundo Maior”, psicografada por Chico Xavier, nos cita que:
“No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.”
Bezerra de Menezes, na obra “Loucura Sob Novo Prisma”, nos ensina que nos casos de loucura, a harmonia da ação da alma e do cérebro se rompe, impedindo que seja transmitido o pensamento formulado pela alma. Seria a loucura com lesão cerebral. Nos casos em que não são detectadas lesões no cérebro, é a loucura psíquica, moral ou por obsessão, onde o processo acontece sempre por influência dos espíritos. Nestes casos, a alma formula seus pensamentos como sempre e o cérebro está em perfeitas condições. Porém, a interposição dos fluídos do obsessor entre os comandos da alma e do cérebro interrompe a comunicação entre os dois. A alma pensa, mas seu pensamento não pode utilizar-se do cérebro, senão imperfeitamente.
Tanto na loucura quanto na obsessão, o espírito é lúcido; e tanto num caso como no outro o mal consiste na irregularidade da transmissão ou manifestação do pensamento.
EFEITOS DA OBSESSÃO
Considerando o grau de intoxicação em nível de nosso campo eletromagnético, trazido de vidas passadas, o acumulado na presente encarnação e não havendo buscas pessoais específicas e nem a introdução de uma terapêutica eficaz, com certeza entraremos na segunda fase do processo, que é caracterizado pelas disfunções orgânicas de toda a sorte, com manifestações de sinais e sintomas generalizados, tanto no corpo físico como no mental. Todavia, se o Ser continua a caminhada, sem procurar restabelecer a harmonia e sem buscas objetivas, fatalmente passaremos à terceira fase, onde teremos alterações das estruturas das celulares do corpo físico tais como: fibrosites, neoplasias benignas ou malignas, septicemias, etc.
A propósito, Allan Kardec (A Gênese, 29ª ed., FEB, pg. 305) relata que: “Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele...” Ainda nos orienta o Codificador (mesma obra, pg. 285), que “Sendo o perispírito do encarnado de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quando, por sua extensão e irradiação, o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com quem se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se os eflúvios maus são permanentes e enérgicos, podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.”
Em razão dessas ações fluídicas podemos dizer que a obsessão pode ser tanto sobre o físico, quando o obsessor manipula e inocula fluídos tóxicos em nível de perispírito, repercutindo no corpo físico, promovendo o adoecimento dos órgãos; ou, ainda, psíquica, quando o obsessor atua na manipulação e inoculação de fluídos tóxicos em nível de psiquismo.
INTENSIDADE:
No Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 238, encontramos definições para as diversas intensidades da obsessão, que relacionamos a seguir:
SIMPLES – É um processo que se dá em função da manipulação de fluidos de pouca densidade, apresentando-se como pequenas intoxicações, levando ao corpo físico e mental sinais e sintomas de pouca intensidade. “Verifica-se quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, intrometendo-se contra sua vontade, nas comunicações que recebe...”
FASCINAÇÃO – É um processo mais grave, considerando a manipulação de fluidos que se dá em nível de pensamento, com a interposição dos mesmos. “É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium, e que paralisa de alguma forma seu julgamento com respeito às comunicações. O médium fascinado não crê enganado. Neste caso participam espíritos ardilosos, muito inteligentes, que usam de todos os recursos para envolverem suas vítimas. Ninguém está livre deste tipo de obsessão...”.
SUBJUGAÇÃO – Processo bastante grave que envolve o domínio completo do pensamento e da vontade do Ser. “É uma opressão que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir ao seu malgrado. Numa palavra, a pessoa está sob um verdadeiro jugo”.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso o Ser é obrigado a tomar decisões frequentemente absurdas e comprometedoras. No caso da subjugação corporal, o indivíduo é constrangido a praticar os atos mais ridículos possíveis, apesar de Ter plena consciência do que faz, e fá-lo contra a sua vontade. Há neste tipo de obsessão, manipulação e interposição de fluidos muito densos onde o Ser apresenta alterações das funções mentais pela ação intencional de outra mente, onde a razão declina, a vontade enfraquece os sentimentos se deterioram e os hábitos mudam (Bezerra de Menezes).
TIPOS
AUTO-OBSESSÃO – Neste caso o Ser é responsável por todos os sinais e sintomas que apresenta, considerando ser ele o mentor intelectual de todos os seus equívocos, passados e presentes. Assim sendo, em dado momento da vida começa a tomar consciência dos fatos e a partir daí exercita-se em culpas, que geram cobranças. Então teremos os conflitos interiores, com os pensamentos fixados em alguma coisa, tanto em vigília como em desdobramento. Após a instalação do quadro, caminha com desinteresse total pela vida, isola-se e apresenta baixas vibrações em seu campo eletromagnético, permitindo a partir deste momento a afinização com irmãos em grandes desequilíbrios, grandes cobradores, evoluindo assim com graves quadros específicos que se enquadram nas doenças nervosas e mentais.
HETERO-OBSESSÃO – É um quadro que se caracteriza pela influência de espíritos encarnados ou desencarnados junto a outros seres que também podem estar em condições iguais. Este processo pode ser ativo ou passivo, com ação direta no corpo físico ou mental e sua intensidade pode variar de leve, moderada a grave, dependendo o merecimento do Ser envolvido. Podemos classificá-la em quatro situações:
Obsessão entre os encarnados – muito comum, principalmente nos relacionamentos entre os membros da família, considerando que o lar é o ambiente propício a reajustes e resgates. Teremos então esposas dominadoras, mães neuróticas, maridos desajustados e incompreensíveis, filhos rebeldes, etc., criando assim um meio de ódios, raivas, violências, ciúmes, invejas, com grandes desequilíbrios em que os seres se bombardeiam mutuamente pelos pensamentos.
Obsessão de encarnados para com os desencarnados – é um processo muito mais frequente que se possa imaginar. Os espíritos desencarnados partem para a Pátria Espiritual e deixam aqui seus entes queridos, os amigos com os quais estavam envolvidos por vícios ou paixões e outras afinidades. Neste novo plano desejam fazer mudanças de comportamento e de condutas, traçando novos rumos; todavia, por vezes, sentem-se “chamados”, atraídos por pensamentos, palavras e atos dos encarnados e muitas das vezes ficam imantados ao seu campo eletromagnético.
Obsessão de desencarnados para com os encarnados – é a interferência de espíritos desencarnados junto aos encarnados, em função de ligações afetivas, paixões, ódios, vinganças, etc., trazendo-lhes grandes desarmonias, tanto em nível do corpo físico como mental, promovendo junto ao Ser, uma série de sinais e sintomas, com doenças específicas.
Obsessão de desencarnados para com os desencarnados – este tipo de obsessão ocorre em condições idênticas aos outros. No mundo espiritual os seres se ligam em função das afinidades, desejos e paixões, e a partir daí temos um grande número de espíritos que são dominados e escravizados por outros espíritos.
DIAGNÓSTICO Dificilmente se consegue um diagnóstico diferencial específico entre casos de obsessão e patológico, uma vez que os sinais e sintomas são idênticos; bem por isso é necessário se respeitar as orientações dos profissionais de saúde.
Por outro lado, também a medicina ao tratar seus pacientes precisa levar em conta as hipóteses de obsessão.
Diante disso é que a anamnese, sob o ponto de vista médico, deverá ser feito por profissionais especializados na área da saúde mental. Sob o ponto de vista espiritual, necessária muita humildade, seriedade e estudos para avaliação dos casos.
Em um estudo do Dr. Sergio Felipe de Oliveira, médico formado pela USP e mestre em Ciências, coordenador da cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP afirma que:
“No contexto Patológico de certos distúrbios patológicos pode haver um envolvimento da questão espiritual como os estados de transe e de possessão, inseridos do CID 10, 44.3 (Código Internacional de Doenças). A possibilidade de interferência do mundo espiritual nos processos de cura ou doença são fenômenos cuja visualização científica permeia a raridade. Tanto a doença quanto a cura são processos de conquista diária, e no caso de cura, árdua luta que leva tempo. Neste caso, somente no momento em que a pessoa se faz merecedora é que advém a cura (lei de ação e reação espírita). Esta cura está centrada na transformação do espírito em determinados valores, como a fraternidade, a humildade, o perdão, o trabalho e o amor.”
Verificamos nesta assertiva, a informação relativa a CID 10, 44.3, que foi incluída pela OMS, em 1998, no rol do Cadastro de Identificação de Doenças, definindo o estado de transe e obsessão como a perda transitória da identidade com manutenção da consciência; onde faz a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por “incorporação” ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Interessante citar que a Associação Americana de Psiquiatria editou um manual de estatística de desordens mentais – DSM IV, onde alerta o médico para tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada alucinação ou psicose, diante da existência de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isto pode não significar uma alucinação ou loucura.
Quanto ao diagnóstico da obsessão, o espírito Manuel Philomeno de Miranda, (Nos Bastidores da Obsessão), relaciona alguns sintomas que podem indicar o início do mal:
1. Quando você escuta nos recessos da mente uma idéia torturante que teima por se fixar, interrompendo o curso do pensamento;
2. Quando constante, imperiosa e atuante força psíquica interferindo nos processos mentais;
3. Quando verifique a vontade sendo dominada por outra vontade que parece dominar;
4. Quando experimente inquietação crescente, na intimidade mental, sem motivos reais;
5. Quando sinta o impacto do desalinho espiritual, em franco desenvolvimento, acautele-se, porque você se encontra em processo imperioso e ultriz de obsessão pertinaz.
Além disso, indicamos a leitura do capítulo XXIII, item 243, do Livro dos Médiuns, onde o Codificador indica características que contribuem para o diagnóstico da obsessão.
TRATAMENTOS
Não nos cabe, aqui, discorrer acerca de tratamento médico, posto que isto compete aos profissionais especializados em saúde mental. Por outro lado, com relação ao tratamento espiritual podemos, sinteticamente, dizer que através de muitos estudos que aprimorem técnicas que envolvam conceitos e conhecimentos das manipulações dos fluídos, acharemos meios de auxiliarmos nossos irmãos no tratamento da obsessão, pois a fluídoterapia (passes) é de grande valia. Além disso, necessários, também, o culto cristão no lar, que permite inflexões e preces que geram transformações em nível de renúncias de viciações e paixões inferiores, permitindo a vigilância de nossos pensamentos, palavras e atos; reuniões de desobsessão, onde com a manifestação do obsessor o orientador da casa espírita poderá orientá-lo e indicar a ele o caminho a seguir, obedecendo as Leis Divinas; a água fluidifacada que, carregada de fluidos benéficos, levará ao obsidiado o tratamento adequado ao seu caso; e, finalmente, as cirurgias espirituais, que dispensa comentário. No entanto, o resultado de qualquer desses tratamentos só surgirá para aqueles que são merecedores, segundo as suas obras e a quitação de nossos débitos com nossa consciência.
Segundo Kardec, “é o domínio que alguns espíritos exercem sobre algumas pessoas”. Quando falamos espíritos, queremos dizer aqueles desencarnados e também aqueles encarnados; assunto que trataremos adiante.
Considerando a Doutrina Espírita, sabemos que o ser espiritual encarnado é constituído de:
- espírito: princípio inteligente do universo;
- perispírito: envoltório semimaterial, fluídico, do espírito. Intermediário entre o corpo físico e o espírito. Agente modelador do corpo físico.
- corpo físico: energia condensada, constituída de células, tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos.
O Ser Espiritual caminha no Universo em busca do aprendizado, que de modo mais específico adquire através de reencarnações.
Estabelecida a reencarnação, o homem tem a oportunidade de exercitar seu livre arbítrio, assumindo condutas e comportamentos, através de pensamentos, atos e palavras. Desta forma, o que ele semear certamente vai colher, pois tudo está sujeito às medidas educativas das Leis Divinas.
Já aqui podemos dizer que na obsessão não existe vítima, tampouco inimigo, pois interpretando Kardec, observamos que entre obsessor e obsidiado existe uma parceria. Senão, vejamos:
“Os maus espíritos somente procuram os lugares onde encontrem possibilidades de dar expansão à sua perversidade. Para afastá-los, não basta pedir-lhes, nem mesmo ordenar-lhes que se vão; é preciso que o homem elimine de si o que os atrai.”
Bezerra de Menezes diz que obsessão “é a conjugação de duas forças simpáticas, em permuta com afinidades” e Herculano Pires sintetiza: “A obsessão é uma parceria sinistra”.
Genericamente podemos afirmar que as causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições (vícios, paixões exacerbadas, perversões sexuais, crimes, ganância, apegos excessivos às pessoas e objeto), que nos colocam em sintonia vibratória com os espíritos desencarnados em função da afinidade moral; levando-nos a reajustes e resgates específicos.
Lembremos que nem todo obsessor é mau. Muitos o são por simples ignorância, sem saber o mal que causa a ambos.
De acordo com o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no livro “Nos Bastidores da Obsessão” esclarece que a
“obsessão se torna possível graças à ação do agente no campo perispiritual do paciente. A consciência de culpa do hospedeiro desarticula o campo vibratório que o defende do exterior e, nessa área deficiente, por sintonia, fixa-se a indução perturbadora do hóspede. Não raro, essa consciência de culpa é tão intensa – por necessidade de reparação moral do endividado – que atrai seu opositor espiritual, iniciando-se o processo alienador. Quando a culpa é de menor intensidade, o cobrador sitia a usina mental do futuro hospedeiro, que termina por aceitar a inspiração perniciosa, tendo início o intercâmbio telepático que romperá o campo de defesa, facultando, assim, a instalação da parasitose, gerando alucinações, pavores, insatisfação, manias, exacerbação do ânimo ou depressão, ou, ainda, se refletirá no órgão que tenha deficiência funcional, pelo assimilar das energias destrutivas que lhe são direcionadas e absorvidas”.
André Luiz, na obra “No Mundo Maior”, psicografada por Chico Xavier, nos cita que:
“No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.”
Bezerra de Menezes, na obra “Loucura Sob Novo Prisma”, nos ensina que nos casos de loucura, a harmonia da ação da alma e do cérebro se rompe, impedindo que seja transmitido o pensamento formulado pela alma. Seria a loucura com lesão cerebral. Nos casos em que não são detectadas lesões no cérebro, é a loucura psíquica, moral ou por obsessão, onde o processo acontece sempre por influência dos espíritos. Nestes casos, a alma formula seus pensamentos como sempre e o cérebro está em perfeitas condições. Porém, a interposição dos fluídos do obsessor entre os comandos da alma e do cérebro interrompe a comunicação entre os dois. A alma pensa, mas seu pensamento não pode utilizar-se do cérebro, senão imperfeitamente.
Tanto na loucura quanto na obsessão, o espírito é lúcido; e tanto num caso como no outro o mal consiste na irregularidade da transmissão ou manifestação do pensamento.
EFEITOS DA OBSESSÃO
Considerando o grau de intoxicação em nível de nosso campo eletromagnético, trazido de vidas passadas, o acumulado na presente encarnação e não havendo buscas pessoais específicas e nem a introdução de uma terapêutica eficaz, com certeza entraremos na segunda fase do processo, que é caracterizado pelas disfunções orgânicas de toda a sorte, com manifestações de sinais e sintomas generalizados, tanto no corpo físico como no mental. Todavia, se o Ser continua a caminhada, sem procurar restabelecer a harmonia e sem buscas objetivas, fatalmente passaremos à terceira fase, onde teremos alterações das estruturas das celulares do corpo físico tais como: fibrosites, neoplasias benignas ou malignas, septicemias, etc.
A propósito, Allan Kardec (A Gênese, 29ª ed., FEB, pg. 305) relata que: “Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele...” Ainda nos orienta o Codificador (mesma obra, pg. 285), que “Sendo o perispírito do encarnado de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quando, por sua extensão e irradiação, o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com quem se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se os eflúvios maus são permanentes e enérgicos, podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades.”
Em razão dessas ações fluídicas podemos dizer que a obsessão pode ser tanto sobre o físico, quando o obsessor manipula e inocula fluídos tóxicos em nível de perispírito, repercutindo no corpo físico, promovendo o adoecimento dos órgãos; ou, ainda, psíquica, quando o obsessor atua na manipulação e inoculação de fluídos tóxicos em nível de psiquismo.
INTENSIDADE:
No Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 238, encontramos definições para as diversas intensidades da obsessão, que relacionamos a seguir:
SIMPLES – É um processo que se dá em função da manipulação de fluidos de pouca densidade, apresentando-se como pequenas intoxicações, levando ao corpo físico e mental sinais e sintomas de pouca intensidade. “Verifica-se quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, intrometendo-se contra sua vontade, nas comunicações que recebe...”
FASCINAÇÃO – É um processo mais grave, considerando a manipulação de fluidos que se dá em nível de pensamento, com a interposição dos mesmos. “É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium, e que paralisa de alguma forma seu julgamento com respeito às comunicações. O médium fascinado não crê enganado. Neste caso participam espíritos ardilosos, muito inteligentes, que usam de todos os recursos para envolverem suas vítimas. Ninguém está livre deste tipo de obsessão...”.
SUBJUGAÇÃO – Processo bastante grave que envolve o domínio completo do pensamento e da vontade do Ser. “É uma opressão que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir ao seu malgrado. Numa palavra, a pessoa está sob um verdadeiro jugo”.
A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso o Ser é obrigado a tomar decisões frequentemente absurdas e comprometedoras. No caso da subjugação corporal, o indivíduo é constrangido a praticar os atos mais ridículos possíveis, apesar de Ter plena consciência do que faz, e fá-lo contra a sua vontade. Há neste tipo de obsessão, manipulação e interposição de fluidos muito densos onde o Ser apresenta alterações das funções mentais pela ação intencional de outra mente, onde a razão declina, a vontade enfraquece os sentimentos se deterioram e os hábitos mudam (Bezerra de Menezes).
TIPOS
AUTO-OBSESSÃO – Neste caso o Ser é responsável por todos os sinais e sintomas que apresenta, considerando ser ele o mentor intelectual de todos os seus equívocos, passados e presentes. Assim sendo, em dado momento da vida começa a tomar consciência dos fatos e a partir daí exercita-se em culpas, que geram cobranças. Então teremos os conflitos interiores, com os pensamentos fixados em alguma coisa, tanto em vigília como em desdobramento. Após a instalação do quadro, caminha com desinteresse total pela vida, isola-se e apresenta baixas vibrações em seu campo eletromagnético, permitindo a partir deste momento a afinização com irmãos em grandes desequilíbrios, grandes cobradores, evoluindo assim com graves quadros específicos que se enquadram nas doenças nervosas e mentais.
HETERO-OBSESSÃO – É um quadro que se caracteriza pela influência de espíritos encarnados ou desencarnados junto a outros seres que também podem estar em condições iguais. Este processo pode ser ativo ou passivo, com ação direta no corpo físico ou mental e sua intensidade pode variar de leve, moderada a grave, dependendo o merecimento do Ser envolvido. Podemos classificá-la em quatro situações:
Obsessão entre os encarnados – muito comum, principalmente nos relacionamentos entre os membros da família, considerando que o lar é o ambiente propício a reajustes e resgates. Teremos então esposas dominadoras, mães neuróticas, maridos desajustados e incompreensíveis, filhos rebeldes, etc., criando assim um meio de ódios, raivas, violências, ciúmes, invejas, com grandes desequilíbrios em que os seres se bombardeiam mutuamente pelos pensamentos.
Obsessão de encarnados para com os desencarnados – é um processo muito mais frequente que se possa imaginar. Os espíritos desencarnados partem para a Pátria Espiritual e deixam aqui seus entes queridos, os amigos com os quais estavam envolvidos por vícios ou paixões e outras afinidades. Neste novo plano desejam fazer mudanças de comportamento e de condutas, traçando novos rumos; todavia, por vezes, sentem-se “chamados”, atraídos por pensamentos, palavras e atos dos encarnados e muitas das vezes ficam imantados ao seu campo eletromagnético.
Obsessão de desencarnados para com os encarnados – é a interferência de espíritos desencarnados junto aos encarnados, em função de ligações afetivas, paixões, ódios, vinganças, etc., trazendo-lhes grandes desarmonias, tanto em nível do corpo físico como mental, promovendo junto ao Ser, uma série de sinais e sintomas, com doenças específicas.
Obsessão de desencarnados para com os desencarnados – este tipo de obsessão ocorre em condições idênticas aos outros. No mundo espiritual os seres se ligam em função das afinidades, desejos e paixões, e a partir daí temos um grande número de espíritos que são dominados e escravizados por outros espíritos.
DIAGNÓSTICO Dificilmente se consegue um diagnóstico diferencial específico entre casos de obsessão e patológico, uma vez que os sinais e sintomas são idênticos; bem por isso é necessário se respeitar as orientações dos profissionais de saúde.
Por outro lado, também a medicina ao tratar seus pacientes precisa levar em conta as hipóteses de obsessão.
Diante disso é que a anamnese, sob o ponto de vista médico, deverá ser feito por profissionais especializados na área da saúde mental. Sob o ponto de vista espiritual, necessária muita humildade, seriedade e estudos para avaliação dos casos.
Em um estudo do Dr. Sergio Felipe de Oliveira, médico formado pela USP e mestre em Ciências, coordenador da cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP afirma que:
“No contexto Patológico de certos distúrbios patológicos pode haver um envolvimento da questão espiritual como os estados de transe e de possessão, inseridos do CID 10, 44.3 (Código Internacional de Doenças). A possibilidade de interferência do mundo espiritual nos processos de cura ou doença são fenômenos cuja visualização científica permeia a raridade. Tanto a doença quanto a cura são processos de conquista diária, e no caso de cura, árdua luta que leva tempo. Neste caso, somente no momento em que a pessoa se faz merecedora é que advém a cura (lei de ação e reação espírita). Esta cura está centrada na transformação do espírito em determinados valores, como a fraternidade, a humildade, o perdão, o trabalho e o amor.”
Verificamos nesta assertiva, a informação relativa a CID 10, 44.3, que foi incluída pela OMS, em 1998, no rol do Cadastro de Identificação de Doenças, definindo o estado de transe e obsessão como a perda transitória da identidade com manutenção da consciência; onde faz a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por “incorporação” ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Interessante citar que a Associação Americana de Psiquiatria editou um manual de estatística de desordens mentais – DSM IV, onde alerta o médico para tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada alucinação ou psicose, diante da existência de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isto pode não significar uma alucinação ou loucura.
Quanto ao diagnóstico da obsessão, o espírito Manuel Philomeno de Miranda, (Nos Bastidores da Obsessão), relaciona alguns sintomas que podem indicar o início do mal:
1. Quando você escuta nos recessos da mente uma idéia torturante que teima por se fixar, interrompendo o curso do pensamento;
2. Quando constante, imperiosa e atuante força psíquica interferindo nos processos mentais;
3. Quando verifique a vontade sendo dominada por outra vontade que parece dominar;
4. Quando experimente inquietação crescente, na intimidade mental, sem motivos reais;
5. Quando sinta o impacto do desalinho espiritual, em franco desenvolvimento, acautele-se, porque você se encontra em processo imperioso e ultriz de obsessão pertinaz.
Além disso, indicamos a leitura do capítulo XXIII, item 243, do Livro dos Médiuns, onde o Codificador indica características que contribuem para o diagnóstico da obsessão.
TRATAMENTOS
Não nos cabe, aqui, discorrer acerca de tratamento médico, posto que isto compete aos profissionais especializados em saúde mental. Por outro lado, com relação ao tratamento espiritual podemos, sinteticamente, dizer que através de muitos estudos que aprimorem técnicas que envolvam conceitos e conhecimentos das manipulações dos fluídos, acharemos meios de auxiliarmos nossos irmãos no tratamento da obsessão, pois a fluídoterapia (passes) é de grande valia. Além disso, necessários, também, o culto cristão no lar, que permite inflexões e preces que geram transformações em nível de renúncias de viciações e paixões inferiores, permitindo a vigilância de nossos pensamentos, palavras e atos; reuniões de desobsessão, onde com a manifestação do obsessor o orientador da casa espírita poderá orientá-lo e indicar a ele o caminho a seguir, obedecendo as Leis Divinas; a água fluidifacada que, carregada de fluidos benéficos, levará ao obsidiado o tratamento adequado ao seu caso; e, finalmente, as cirurgias espirituais, que dispensa comentário. No entanto, o resultado de qualquer desses tratamentos só surgirá para aqueles que são merecedores, segundo as suas obras e a quitação de nossos débitos com nossa consciência.
PROFILAXIA
Importante para cada um é saber que o melhor antídoto
contra a obsessão é a postura moral do indivíduo, que deve deixar de lado o
orgulho e buscar uma vida de serenidade,
seriedade e humildade, a fim de encontrar a paz interior. Sempre fazer o bem e
colocar toda a nossa confiança em Deus.
Em resposta à questão 469 do Livro dos Espíritos, o Espírito da Verdade, afirma que se evita a influência dos maus espíritos “Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “’Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.’”.
Devemos, finalmente, ter em mente o que Jesus nos ensinou: “Orai e Vigiai”, pois, assim, com a oração, poderemos estar em contanto com o mundo espiritual pedindo força para transpor os obstáculos que se apresentarem diante de nós; e vigiando nossa conduta, tentaremos corrigir nossos defeitos e apurar nossas qualidades.
Em resposta à questão 469 do Livro dos Espíritos, o Espírito da Verdade, afirma que se evita a influência dos maus espíritos “Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “’Senhor! Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.’”.
Devemos, finalmente, ter em mente o que Jesus nos ensinou: “Orai e Vigiai”, pois, assim, com a oração, poderemos estar em contanto com o mundo espiritual pedindo força para transpor os obstáculos que se apresentarem diante de nós; e vigiando nossa conduta, tentaremos corrigir nossos defeitos e apurar nossas qualidades.
PALESTRAS NO CEIJ EM 2013
16/06/2013.
Ao Estudamos as civilizações da Terra, podemos observar que a mediunidade se tem manifestado, ao longo de todos os tempos e em todos os lugares, desde as mais remotas épocas. A crença na imortalidade da alma e a possibilidade da comunicação entre os "vivos" e os "mortos" sempre existiu, por mais que alguns queiram ocultar.
No Livro “A Queda dos Anjos....história que se passa em 4000a.c. um guerreiro teve a visão do de um espírito durante o sono , a partir daí teve a convicção que teria visto o deus “Anú”
ÍNDIA
Na Índia, berço de todas as religiões da Humanidade, temos o Livro dos Vedas, datado de aproximadamente 1.500 a.C., que tem sido reconhecido como o mais antigo código religioso da Humanidade; são quatro livros cujo conteúdo principal são cânticos de louvor. Os Brâmanes, seguidores dos Vedas, acreditam que este código religioso foi ditado por BRAHMA. Nos Vedas encontramos afirmativas claras sobre imortalidade da alma e a recriação:
"Há uma parte imortal no Homem, o AGNI, ela é que é preciso rescaldar com teus raios,
inflamar com os teus fogos(...)Assim como se deixam as vestes gastas,
para usar novas vestes, também a alma deixa o corpo usado para recobrir novos corpos."
Ainda na Índia, encontramos KRISHNA, educado por ascetas nas florestas do cume do Himalaia, inspirador de uma doutrina religiosa, na verdade um reformulador da Doutrina Védica. Deixa claro a idéia da imortalidade da alma, as reencarnações sucessivas, e a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos:
"O corpo envoltório da alma, que nele faz sua morada, é uma coisa finita,
porém a alma que o habita é invisível, imponderável e eterna."
"Todo renascimento feliz ou infeliz é consequência das obras praticadas em vidas anteriores."
Estes são alguns aspectos dos ensinamentos de KRISHNA, que podem ser encontrados nos livros sagrados, conservados nos santuários ao sul do Industão.
MOISÉS
prometido Messias (em grego Cristo)
1512 a.C.
Cerca de 15 séculos antes de Cristo, Moisés, o grande legislador hebreu, observando a ignorância e o despreparo do seu povo, procura através de uma lei disciplinar, educar os hebreus com relação à evocação dos mortos. Se houve esta proibição, é claro que a evocação dos mortos era comum entre este povo da Antiguidade. Moisés assim se referiu:
"Que ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade."
Não havia chegado o momento para tais revelações.
Estudando a vida de Moisés, vemos que ele era possuidor de uma mediunidade fabulosa que possibilitou o recebimento dos "Dez Mandamentos”, no Sinai, que até hoje representa a base dos códigos de moral e ética no mundo.
MEDIUNIDADE E JESUS
Recomendação: Leitura do Livro “Há Dois Mil Anos” (Emmanuel” que na época era o Senador Públiu Lentulus.
JESUS
Jesus, o Médium de Deus, teve a sua existência assinalada por fenómenos mediúnicos diversos. O Novo Testamento traz citações claras e belas de mediunidade nas suas mais diferentes modalidades
Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.
O evangelista Mateus narra que Jesus teria dito o seguinte:
“Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).
A mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece, nada mais nada mesmos do que, com o próprio Cristo. Leiamos:
“Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E se transfigurou diante deles: o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus: "Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias." Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia: "Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz." Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se, e não tenham medo." Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes: "Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos".(Mt 17,1-9).”
A MEDIUNIDADE NO APOSTOLADO
Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua.
Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:
“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).
Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:
“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).
A mediunidade como era “transmitida”
Sabemos que não há como transmitir a mediunidade a ninguém, mas trechos bíblicos relatam que a imposição das mãos fazia que houvesse sua eclosão:
Em Atos 8, 17-18:
“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Deem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.
Em Atos 19, 1-7:
“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram, ao todo, doze homens”.
A mediunidade como os dons do Espírito
Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.
Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”. “Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.
E esclarece o apóstolo dos gentios:
“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).
BUDA
Na Índia, 600 a.c., vamos encontrar, o Buda, filho de um rei da Índia, que certo dia saindo do castelo, onde até então vivera, tem contato com o sofrimento humano e, sendo tomado de grande tristeza, refugia-se nas florestas frias do Himalaia e, depois de aproximadamente 15 anos de meditação, retorna trazendo para a Humanidade uma nova crença, toda baseada na caridade e no amor:
"Enquanto não conquistar o progresso (Nirvana) o ser está condenado
à cadeia das existências terrestres."
"Todos os Homens são destinados ao Nirvana."
Buda e seus discípulos praticavam o Dhyana, ou seja, a contemplação aos mortos:
"Durante este estado, o Espírito entra em comunicação com as almas que já deixaram a Terra."
EGITO
No Egito, o culto aos mortos foi muito praticado. As Ciências psíquicas atuais eram familiares aos sacerdotes da época; o conhecimento das formas fluídicas e do magnetismo eram comuns. O destino da alma, a comunicação com os mortos, a pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. Egiptólogos modernos, estudando as pirâmides, os túmulos dos faraós, os papiros, deixam claro todos estes aspectos reconhecendo a grande sabedoria deste povo. Como em outras religiões, apenas os iniciados conheciam as grandes verdades, o povo, por interesse de poder dos soberanos, era praticamente mantido ignorante em relação a este respeito.
LAO-TSÉ E CONFÚCIO
Na China, encontramos Lao-Tsé e Confúcio, 600 a 400 a.C., que com os seus discípulos (iniciados), mantinham no culto dos antepassados a base de sua fé. Neste culto, a ideia da imortalidade e a possibilidade da evocação dos mortos era clara.
GRÉCIA
Na Grécia, a crença nas evocações era geral. Vários filósofos, desta progressista civilização, se referem a estes fatos: Pitágoras (600 a.C.) Astófanes, Sófocles (400 a.C.) e a maravilhosa figura de Sócrates (400 a.C.). A idéia da unicidade de Deus, da pluralidade dos mundos habitados e da multiplicidade das existências era por eles transmitidas a todos os seus iniciados. Sócrates, o grande filósofo, afirmava:
"A alma quando despida do corpo, conserva evidentes, os traços de seu carácter, das
suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos da sua vida."
IDADE MÉDIA (Séc. V a XV d.C.)
MAOMÉ
No século VI surge Maomé líder religioso e político Árabe. Mais recente e último profeta de Deus e Abrahão, segundo a religião Islâmica. Não é considerado um ser divino pelos muçulmanos, ma sim um ser humano dos mais perfeitos.
Em 610 d.C., aos 40 anos, enquanto realizava um retiro espiritual, foi visitado pelo anjo Gabriel, que ordenou que recitasse uns versas enviados por Deus; comunicou, ainda, que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade.
Esses versos foram escolhidos e integrados no Alcorão - livro sagrado do Islã – (deriva do vocábulo árabe que significa recitar ou declamar).
A Idade Média Foi uma época em que o estudo mais profundo da religião era praticado apenas por sociedades ultrassecretas. Milhares de vidas foram sacrificadas sob a acusação de feitiçaria, por evocarem os mortos.
Nesta época, tão triste para a Humanidade, em vários aspectos, podemos citar como uma grande figura, Joana D'arc, que guiando o povo francês, sob orientação de "suas vozes", deixou claro a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos.
Joana D’Arc nasceu na França, no século XV, que se encontrava em meio a uma “turbulência” política, social e econômica. O rei Carlos VI estava doente e, por suas ausências no governo, a rivalidade entre a casa da França e a casa de Borgonha (também na França) acentuou-se.
Os conflitos civis e a desordem social estavam instalados na França. Dentro desse contexto, a Inglaterra, sob o comando do rei Henrique V, viu a oportunidade de tomar o poder na França.
No ano de 1422, no entanto, o rei Carlos VI, da França, e o rei inglês Henrique V, morreram. A irmã de Carlos VI, casada com Henrique V, assumiu a regência do trono francês. Sem nenhum sucessor para o trono francês, os ingleses aproveitaram para uma possível invasão da França. No momento em que a França estava sendo invadida pelos ingleses, surgiu a figura mítica da história francesa: Joana D’Arc, insatisfeita com o governo britânico, assim como os camponeses e populares.
Joana, quando era criança, a religiosidade era uma característica presente na vida de Joana D’Arc, tanto é que, aos 12 anos de idade, conta-se que a menina afirmou ter ouvido vozes vindas do céu que lhe diziam para salvar a França e coroar o rei.
Em certo dia, Joana escreveu ao rei uma carta, pedindo conselhos, e o rei aceitou recebê-la. Dessa maneira, Joana D’Arc partiu para a corte. As primeiras palavras de Joana para o rei Carlos VII, filho de Carlos VI, foram em relação à visão que havia tido.Entretanto, o rei somente acreditou em Joana quando ela falou sobre os vários pedidos que ele fizera a Deus, enquanto rezava solitário na Igreja. Após ser testada também por teólogos, Joana D’Arc recebeu do rei uma espada, um estandarte e o comando geral dos exércitos franceses.
Joana queria atacar a região de Orleans sob o comando dos ingleses, por isso enviou um aviso a eles:
“A vós, ingleses, que não tendes nenhum direito neste Reino de França, o Rei dos Céus vos ordena, e manda, por mim, Joana, a Donzela, que deixeis vossas fortalezas e retorneis para vosso país, caso contrário farei grande barulho”.
A guerreira e a tropa francesa mobilizada pelo rei Carlos VII conseguiram empreender vitórias em diversas batalhas. Essa disputa ficou conhecida na história como a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), da qual a França saiu vitoriosa, conseguindo expulsar os ingleses, principalmente do norte da França.
Depois da expulsão dos ingleses, os nobres franceses, representados pelo rei Carlos VII, com medo de que Joana D’arc se unisse aos camponeses, entregaram-na para os ingleses. Joana foi morta, queimada na fogueira, sob a acusação de bruxaria.
Em 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc foi definitivamente reabilitada, sendo canonizada pelo Papa Bento XV - era a Santa Joana d'Arc. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. Em 1922 foi declarada padroeira de França.
CAÇA AS BRUXAS
Início do século XV e apogeu dos séculos XVI e XVII, grandes perseguições de antigas seitas pagãs e matriarcais (culto à Deusa mãe, adoração à natureza, sacralidade, fertilidade, às águas etc.), que eram tidas como satânicas, e que divergiam do que prega a Bíblia, o Alcorão e outros livros santos.
SANTA INQUISÃO: Tribunal do Santo Ofício
Foi fundado no século XII, com a finalidade de julgar e condenar pessoas consideradas hereges (aquele que contraria os dogmas da Igreja) e as pessoas que praticavam doutrinas ou tudo que fosse contrário ao que a Igreja Católica definia.
O ESPIRITISMO
Foi no século XIX (1848), na pacata cidade de Hydesville, no estado de New York (EUA), na casa da família Fox, que o fenómeno mediúnico começaria a ser conhecido em todo o mundo.
Chegara o momento em que todos as coisas deveriam ser reestabelecidas. Foi quando surgiu no cenário terrestre, aquele que deu corpo à Doutrina dos Espíritos: Hippolyte Léon Denizar Rivail, ou ALLAN KARDEC, como ficou conhecido.
Em 1855, com a idade de 51 anos, Kardec iniciou um trabalho criterioso e científico sobre o fenómeno mediúnico e após alguns anos de estudos sistematizados lançou, em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos; em 1859 - O Que é o Espiritismo; em 1861 - O Livro dos Médiuns; em 1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865 - O Céu e Inferno e em 1868 - A Génese.
Graças ao sábio lionês tivemos a Codificação da Doutrina Espírita reconhecida como a Terceira Revelação, o Consolador Prometido por Jesus.
CONCLUSÃO
Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.
ALERTA DE KARDEC
No livro dos Médiuns, Pág. 133, 26ª edição:
“Se a nossa fé se firma dia a dia e porque compreendemos;
fazei pois compreender, se quiserdes conquistar adeptos sérios.
A compreensão das causas tem ainda outro resultado,
que é o de estabelecer uma linha divisória entre a verdade e a superstição.”
No Livro “A Queda dos Anjos....história que se passa em 4000a.c. um guerreiro teve a visão do de um espírito durante o sono , a partir daí teve a convicção que teria visto o deus “Anú”
ÍNDIA
Na Índia, berço de todas as religiões da Humanidade, temos o Livro dos Vedas, datado de aproximadamente 1.500 a.C., que tem sido reconhecido como o mais antigo código religioso da Humanidade; são quatro livros cujo conteúdo principal são cânticos de louvor. Os Brâmanes, seguidores dos Vedas, acreditam que este código religioso foi ditado por BRAHMA. Nos Vedas encontramos afirmativas claras sobre imortalidade da alma e a recriação:
"Há uma parte imortal no Homem, o AGNI, ela é que é preciso rescaldar com teus raios,
inflamar com os teus fogos(...)Assim como se deixam as vestes gastas,
para usar novas vestes, também a alma deixa o corpo usado para recobrir novos corpos."
Ainda na Índia, encontramos KRISHNA, educado por ascetas nas florestas do cume do Himalaia, inspirador de uma doutrina religiosa, na verdade um reformulador da Doutrina Védica. Deixa claro a idéia da imortalidade da alma, as reencarnações sucessivas, e a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos:
"O corpo envoltório da alma, que nele faz sua morada, é uma coisa finita,
porém a alma que o habita é invisível, imponderável e eterna."
"Todo renascimento feliz ou infeliz é consequência das obras praticadas em vidas anteriores."
Estes são alguns aspectos dos ensinamentos de KRISHNA, que podem ser encontrados nos livros sagrados, conservados nos santuários ao sul do Industão.
MOISÉS
prometido Messias (em grego Cristo)
1512 a.C.
Cerca de 15 séculos antes de Cristo, Moisés, o grande legislador hebreu, observando a ignorância e o despreparo do seu povo, procura através de uma lei disciplinar, educar os hebreus com relação à evocação dos mortos. Se houve esta proibição, é claro que a evocação dos mortos era comum entre este povo da Antiguidade. Moisés assim se referiu:
"Que ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade."
Não havia chegado o momento para tais revelações.
Estudando a vida de Moisés, vemos que ele era possuidor de uma mediunidade fabulosa que possibilitou o recebimento dos "Dez Mandamentos”, no Sinai, que até hoje representa a base dos códigos de moral e ética no mundo.
MEDIUNIDADE E JESUS
Recomendação: Leitura do Livro “Há Dois Mil Anos” (Emmanuel” que na época era o Senador Públiu Lentulus.
JESUS
Jesus, o Médium de Deus, teve a sua existência assinalada por fenómenos mediúnicos diversos. O Novo Testamento traz citações claras e belas de mediunidade nas suas mais diferentes modalidades
Quando Jesus recomenda a seus doze discípulos a divulgação de que o “reino do Céu está próximo” fica evidenciado, aos que estudaram ou vivenciam esse fenômeno, que o Mestre estava falando mesmo era da faculdade mediúnica. Entretanto, por conta dos tradutores ou dos teólogos, essa realidade ficou comprometida no texto bíblico. Entretanto, como é impossível “tapar o sol com uma peneira”, podemos perfeitamente identificá-la, apesar de todo o esforço para escondê-la.
O evangelista Mateus narra que Jesus teria dito o seguinte:
“Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tenham cuidado com os homens, porque eles entregarão vocês aos tribunais e açoitarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações. Quando entregarem vocês, não fiquem preocupados como ou com aquilo que vocês vão falar, porque, nessa hora, será sugerido a vocês o que vocês devem dizer. Com efeito, não serão vocês que irão falar, e sim o Espírito do Pai de vocês é quem falará através de vocês”. (10,16-20).
A mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece, nada mais nada mesmos do que, com o próprio Cristo. Leiamos:
“Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E se transfigurou diante deles: o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus: "Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias." Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia: "Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz." Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se, e não tenham medo." Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes: "Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos".(Mt 17,1-9).”
A MEDIUNIDADE NO APOSTOLADO
Um fato, que reputamos como de inquestionável ocorrência da mediunidade, aconteceu logo depois da morte de Jesus, quando os discípulos reunidos receberam “como que línguas de fogo” e começaram a falar em línguas, de tal sorte que, apesar da heterogeneidade do povo que os ouvia, cada um entendia o que falavam em sua própria língua.
Fato extraordinário registrado no livro Atos dos Apóstolos, desta forma:
“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem”. (Atos 2, 1-6).
Fato semelhante aconteceu, um pouco mais tarde, nomeado como o Pentecostes dos pagãos:
“Pedro ainda estava falando, quando o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a Palavra. Os fiéis de origem judaica, que tinham ido com Pedro, ficaram admirados de que o dom do Espírito Santo também fosse derramado sobre os pagãos. De fato, eles os ouviam falar em línguas estranhas e louvar a grandeza de Deus...” (At 10, 44-46).
A mediunidade como era “transmitida”
Sabemos que não há como transmitir a mediunidade a ninguém, mas trechos bíblicos relatam que a imposição das mãos fazia que houvesse sua eclosão:
Em Atos 8, 17-18:
“Então Pedro e João impuseram as mãos sobre os samaritanos, e eles receberam o Espírito Santo. Simão viu que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Deem para mim também esse poder, a fim de que receba o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos”.
Em Atos 19, 1-7:
“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: ‘Quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?’ Eles responderam: ‘Nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo’. Paulo perguntou: ‘Que batismo vocês receberam?’ Eles responderam: ‘O batismo de João’. Então Paulo explicou: ‘João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus’. Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e começaram a falar em línguas e a profetizar. Eram, ao todo, doze homens”.
A mediunidade como os dons do Espírito
Na estrada de Damasco, Paulo, que até então perseguia os cristãos, numa ocorrência transcendente, se encontra com Jesus, passando, a partir daí, a segui-lo. Durante o seu apostolado se comunicava diretamente com o Espírito de Jesus, demonstrando sua incontestável mediunidade.
Aliás, o apóstolo Paulo foi quem mais entendeu do fenômeno mediúnico, tanto que existem recomendações preciosas de sua parte aos agrupamentos cristãos de então. Ele o chamava de “dons do Espírito”. “Sobre os dons do Espírito, irmãos, não quero que vocês fiquem na ignorância” (1Cor 12,1), mostrando-se interessado em que todos pudessem conhecer tais fenômenos.
E esclarece o apóstolo dos gentios:
“Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer”. (1 Cor 12,4-11).
BUDA
Na Índia, 600 a.c., vamos encontrar, o Buda, filho de um rei da Índia, que certo dia saindo do castelo, onde até então vivera, tem contato com o sofrimento humano e, sendo tomado de grande tristeza, refugia-se nas florestas frias do Himalaia e, depois de aproximadamente 15 anos de meditação, retorna trazendo para a Humanidade uma nova crença, toda baseada na caridade e no amor:
"Enquanto não conquistar o progresso (Nirvana) o ser está condenado
à cadeia das existências terrestres."
"Todos os Homens são destinados ao Nirvana."
Buda e seus discípulos praticavam o Dhyana, ou seja, a contemplação aos mortos:
"Durante este estado, o Espírito entra em comunicação com as almas que já deixaram a Terra."
EGITO
No Egito, o culto aos mortos foi muito praticado. As Ciências psíquicas atuais eram familiares aos sacerdotes da época; o conhecimento das formas fluídicas e do magnetismo eram comuns. O destino da alma, a comunicação com os mortos, a pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. Egiptólogos modernos, estudando as pirâmides, os túmulos dos faraós, os papiros, deixam claro todos estes aspectos reconhecendo a grande sabedoria deste povo. Como em outras religiões, apenas os iniciados conheciam as grandes verdades, o povo, por interesse de poder dos soberanos, era praticamente mantido ignorante em relação a este respeito.
LAO-TSÉ E CONFÚCIO
Na China, encontramos Lao-Tsé e Confúcio, 600 a 400 a.C., que com os seus discípulos (iniciados), mantinham no culto dos antepassados a base de sua fé. Neste culto, a ideia da imortalidade e a possibilidade da evocação dos mortos era clara.
GRÉCIA
Na Grécia, a crença nas evocações era geral. Vários filósofos, desta progressista civilização, se referem a estes fatos: Pitágoras (600 a.C.) Astófanes, Sófocles (400 a.C.) e a maravilhosa figura de Sócrates (400 a.C.). A idéia da unicidade de Deus, da pluralidade dos mundos habitados e da multiplicidade das existências era por eles transmitidas a todos os seus iniciados. Sócrates, o grande filósofo, afirmava:
"A alma quando despida do corpo, conserva evidentes, os traços de seu carácter, das
suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos da sua vida."
IDADE MÉDIA (Séc. V a XV d.C.)
MAOMÉ
No século VI surge Maomé líder religioso e político Árabe. Mais recente e último profeta de Deus e Abrahão, segundo a religião Islâmica. Não é considerado um ser divino pelos muçulmanos, ma sim um ser humano dos mais perfeitos.
Em 610 d.C., aos 40 anos, enquanto realizava um retiro espiritual, foi visitado pelo anjo Gabriel, que ordenou que recitasse uns versas enviados por Deus; comunicou, ainda, que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade.
Esses versos foram escolhidos e integrados no Alcorão - livro sagrado do Islã – (deriva do vocábulo árabe que significa recitar ou declamar).
A Idade Média Foi uma época em que o estudo mais profundo da religião era praticado apenas por sociedades ultrassecretas. Milhares de vidas foram sacrificadas sob a acusação de feitiçaria, por evocarem os mortos.
Nesta época, tão triste para a Humanidade, em vários aspectos, podemos citar como uma grande figura, Joana D'arc, que guiando o povo francês, sob orientação de "suas vozes", deixou claro a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos.
Joana D’Arc nasceu na França, no século XV, que se encontrava em meio a uma “turbulência” política, social e econômica. O rei Carlos VI estava doente e, por suas ausências no governo, a rivalidade entre a casa da França e a casa de Borgonha (também na França) acentuou-se.
Os conflitos civis e a desordem social estavam instalados na França. Dentro desse contexto, a Inglaterra, sob o comando do rei Henrique V, viu a oportunidade de tomar o poder na França.
No ano de 1422, no entanto, o rei Carlos VI, da França, e o rei inglês Henrique V, morreram. A irmã de Carlos VI, casada com Henrique V, assumiu a regência do trono francês. Sem nenhum sucessor para o trono francês, os ingleses aproveitaram para uma possível invasão da França. No momento em que a França estava sendo invadida pelos ingleses, surgiu a figura mítica da história francesa: Joana D’Arc, insatisfeita com o governo britânico, assim como os camponeses e populares.
Joana, quando era criança, a religiosidade era uma característica presente na vida de Joana D’Arc, tanto é que, aos 12 anos de idade, conta-se que a menina afirmou ter ouvido vozes vindas do céu que lhe diziam para salvar a França e coroar o rei.
Em certo dia, Joana escreveu ao rei uma carta, pedindo conselhos, e o rei aceitou recebê-la. Dessa maneira, Joana D’Arc partiu para a corte. As primeiras palavras de Joana para o rei Carlos VII, filho de Carlos VI, foram em relação à visão que havia tido.Entretanto, o rei somente acreditou em Joana quando ela falou sobre os vários pedidos que ele fizera a Deus, enquanto rezava solitário na Igreja. Após ser testada também por teólogos, Joana D’Arc recebeu do rei uma espada, um estandarte e o comando geral dos exércitos franceses.
Joana queria atacar a região de Orleans sob o comando dos ingleses, por isso enviou um aviso a eles:
“A vós, ingleses, que não tendes nenhum direito neste Reino de França, o Rei dos Céus vos ordena, e manda, por mim, Joana, a Donzela, que deixeis vossas fortalezas e retorneis para vosso país, caso contrário farei grande barulho”.
A guerreira e a tropa francesa mobilizada pelo rei Carlos VII conseguiram empreender vitórias em diversas batalhas. Essa disputa ficou conhecida na história como a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), da qual a França saiu vitoriosa, conseguindo expulsar os ingleses, principalmente do norte da França.
Depois da expulsão dos ingleses, os nobres franceses, representados pelo rei Carlos VII, com medo de que Joana D’arc se unisse aos camponeses, entregaram-na para os ingleses. Joana foi morta, queimada na fogueira, sob a acusação de bruxaria.
Em 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc foi definitivamente reabilitada, sendo canonizada pelo Papa Bento XV - era a Santa Joana d'Arc. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. Em 1922 foi declarada padroeira de França.
CAÇA AS BRUXAS
Início do século XV e apogeu dos séculos XVI e XVII, grandes perseguições de antigas seitas pagãs e matriarcais (culto à Deusa mãe, adoração à natureza, sacralidade, fertilidade, às águas etc.), que eram tidas como satânicas, e que divergiam do que prega a Bíblia, o Alcorão e outros livros santos.
SANTA INQUISÃO: Tribunal do Santo Ofício
Foi fundado no século XII, com a finalidade de julgar e condenar pessoas consideradas hereges (aquele que contraria os dogmas da Igreja) e as pessoas que praticavam doutrinas ou tudo que fosse contrário ao que a Igreja Católica definia.
O ESPIRITISMO
Foi no século XIX (1848), na pacata cidade de Hydesville, no estado de New York (EUA), na casa da família Fox, que o fenómeno mediúnico começaria a ser conhecido em todo o mundo.
Chegara o momento em que todos as coisas deveriam ser reestabelecidas. Foi quando surgiu no cenário terrestre, aquele que deu corpo à Doutrina dos Espíritos: Hippolyte Léon Denizar Rivail, ou ALLAN KARDEC, como ficou conhecido.
Em 1855, com a idade de 51 anos, Kardec iniciou um trabalho criterioso e científico sobre o fenómeno mediúnico e após alguns anos de estudos sistematizados lançou, em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos; em 1859 - O Que é o Espiritismo; em 1861 - O Livro dos Médiuns; em 1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865 - O Céu e Inferno e em 1868 - A Génese.
Graças ao sábio lionês tivemos a Codificação da Doutrina Espírita reconhecida como a Terceira Revelação, o Consolador Prometido por Jesus.
CONCLUSÃO
Como apregoa a Doutrina Espírita o fenômeno mediúnico nada mais é que uma ocorrência de ordem natural. Podemos identificá-lo desde os mais remotos tempos da humanidade, e não poderia ser diferente, pois, em se tratando de uma manifestação de uma faculdade humana, deverá ser mesmo tão velha quanto a permanência do homem aqui na Terra.
ALERTA DE KARDEC
No livro dos Médiuns, Pág. 133, 26ª edição:
“Se a nossa fé se firma dia a dia e porque compreendemos;
fazei pois compreender, se quiserdes conquistar adeptos sérios.
A compreensão das causas tem ainda outro resultado,
que é o de estabelecer uma linha divisória entre a verdade e a superstição.”
Palestrante
Celso Santos com apresentação de músicas que elevam a nossa alma, cantadas em duo com Sandra Auristela
EVENTO: Aniversário de 54 anos da fundação do Centro Espírita Irmã Jacyra
Palestrante: Ismael Batista
Mineiro, natural de Guaxupé, Ismael Batista da Silva é palestrante motivacional, na cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo.
Espírita de berço, Ismael é uma pessoa envolvida com as causas sociais de sua cidade e, no âmbito espírita, atua também como palestrante, atividade em que tem dado expressivo destaque ao relacionamento humano por meio de exemplos práticos do cotidiano. Dirigiu a Associação Espírita Paulo de Tarso por 11 anos, entidade mantenedora do Centro Espírita André Luiz – Asilo Lar de Jesus - Abrigo Nosso lar (crianças) – Projeto Alvorada Nova ( adolescentes). Fundador do Centro de Convivência Municipal da 3ª idade e da Fundação Espírita Dr. Bezerra de Menezes (centro de apoio educacional e promoção social – atendendo centenas de pessoas carentes da cidade). Nos presenteou com o Livro " Coração Mineiro" Fonte: http://www.centroespiritafxs.com.br |
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